Lugar Comum 51: Isso não é um golpe
Edição 51 da revista Lugar Comum, da Uninômade com artigos especiais sobre o GOLPE que o PT diz sofrido.
Participo com um artigo — A narrativa do golpe: de junho de 2013 à decadência do lulismo e do PT — debatendo a narrativa petista sobre Junho, que tentam usar como “estopim do GOLPE”, demonstrando que não entenderam nada e jamais entenderão o que se passou naquele mês.
Trecho do editorial:
“Nessa edição nº 51 da Lugar Comum publicamos uma coleção de artigos e ensaios que criticaram, com abordagens e perspectivas pluralistas, a narrativa do “golpe” como chave de interpretação do impeachment da Presidente Dilma Roussef. Se trata de artigos escritos em 2016, no calor do momento, quando o impeachment era apenas anunciado ou em andamento. Ao passo que a esquerda universitária foi se homogeneizando em uma posição majoritária, nós continuamos a pensar que só há devir numa posição menor. É disso que se trata.
O Dossiê é de grande interesse. A crítica da narrativa hegemônica na esquerda brasileira e ainda mais na esquerda global é uma tarefa urgente e permite fazer um balanço da constelação de posições menores que desenhavam uma linha de fuga para fora da polarização fake construída e imposta já nas eleições de 2014. Ao mesmo tempo, temos a oportunidade de sistematizar algumas reflexões teóricas e metodológicas sobre o conjunto de noções mobilizadas para transformar o impeachment em um golpe e, na hora em que estamos fechando essa edição, a prisão do ex-presidente Lula em “atentado” à democracia, ao estado de direito e às garantias constitucionais em mais um episódio do que seria o “ódio das elites aos pobres”. “
PS: O gênio aqui errou na própria assinatura e saiu como mestrando (eu já estava na metade do doutorado quando escrevi). É a vida.