Bolsonaro: Rápidos apontamentos
Sobre o papo de estudantes de federal e aqueles que usam FIES preencherem as vagas do Mais Médicos (por um ano) após formados: Acho ótimo.
Porém, só concordo se isso valer para quem estiver entrando na universidade, não para quem já está cursando. No caso do FIES pode ser apresentada a proposta de reduzir/zerar a dívida, mas para quem faz federal seria como cobrar pela educação no meio do contrato.
Imagina que você se inscreveu pra algo, qualquer coisa, e na metade te dizem “então, agora quando acabar você vai fazer X e não adianta reclamar”. É sacanagem. Pura. Você se inscreveu com condições A e no meio do jogo dizem que A não vale, agora é Z.
Emergencialmente poderia rolar de convidar recém-formados a assumir postos pagos dentro do Mais Médicos, e para o médio/longo prazo colocar como regra do momento da inscrição no vestibular/Enem que fez federal vai trabalhar depois no Mais Médicos. Aí ok, justo, concordo total.
Entrementes, o Bolsonaro desperdiça grande oportunidade de nomear o Rodrigo Constantino para comandar sua comunicação. Não há ninguém mais (des)preparado e (in)capaz no mercado que represente tão bem a tosquice desse governo. Ele faria ótima dupla com o MRE, Debi e Lóide. Imbatível!
Uma coisa é fato, se Bolsonaro quiser um governo sem nenhum político envolvido em corrupção ele nunca vai governar. Porque não vai achar, especialmente dentro dos partidos com os quais ele se aliou. Política brasileira é podre.
Claro, o fato de simplesmente não ter como cumprir a promessa não muda o fato de que a promessa foi feita, de um governo sem envolvidos em corrupção. Também não muda o fato de que os aliados mais próximos estão envolvidos em falcatrua, como o Chuveiro Lorenzetti.
Lição que fica é: Não prometa o que você não quer e nem pode cumprir. Mas, bem, aí não seria política.