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As bolhas virtuais fragilizam a democracia tanto quanto radicais buscando “soluções”
Bom texto do Marlos Ápyus. Concordo com a conclusão, mas é impossível não ter um pé atrás: Sim, o Estado tem que entrar na questão, mas… como? A lei das fake news é horrorosa e em geral leis sobre internet são feitas por legisladores que pedem pras secretárias imprimirem seus e-mails. Os caras não entendem lhufas de tecnologia, não entendem os termos, enfim, acham que censurar é o caminho a seguir e privacidade é um conceito vago ou inexistente em suas cabeças.
Se por “Estado” a questão passar antes por movimentos e ativistas, a coisa melhora, mas só um pouco — a luta pelo Marco Civil da Internet foi longa e difícil e não faltam tentativas legislativas de passar por cima do MCI, como a própria Lei das Fake News aprovada no senado.
Legislações muito específicas podem engessar a internet, sem falar que exigências locais não funcionam em uma internet global. Existem mais dúvidas que soluções hoje.
Isso pra nem começar no debate sobre limites — o que deve ser proibido? Imagino que nazismo seja…