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A negação de Bolsonaro dos perigos do coronavirus vai ser devastador para os mais pobres
O presidente do Brasil tentou minimizar a ameaça do coronavírus, mas são os brasileiros pobres que pagarão o preço.
O Brasil tornou-se um dos centros na América do Sul da crescente crise do coronavírus com mais de 2.000 infecções confirmadas e dezenas de mortes. O país de 210 milhões, no entanto, não está sequer remotamente pronto para responder a esta emergência de saúde pública sem precedentes.
O governo federal liderado pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro tem tentado minimizar a gravidade da ameaça que o país enfrenta desde que especialistas em todo o mundo soaram pela primeira vez o alarme sobre o vírus, altamente contagioso, no início de janeiro.
Até agora, o presidente afirmou que a doença seria apenas uma “fantasia” e uma “gripezinha”, acusou a mídia de alimentar a histeria ao relatar o número de mortes na Itália, encorajou — e até participou — de uma série de manifestações pró-governamentais de rua em todo o país e apoiou líderes religiosos que se recusaram a fechar igrejas e templos evangélicos em resposta à pandemia.
Quando foi revelado que pelo menos 23 membros da sua comitiva foram infectados pelo vírus, ele não só se…